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A Casa dos Expostos de Cascais

João Aníbal Henriques, 11.11.14

 

 
por João Aníbal Henriques
 
Abordar a História de Cascais, numa primeira vista, pressupõe a menção a um infindável rol de nomes, mais ou menos importantes, ou de personalidades que viveram ou desempenharam as suas funções profissionais neste concelho. Para além destes, em alguns casos, fala-se também de conhecidas confrarias e corporações, que deixaram marcas profundas e de  grande relevo no desenvolvimento histórico da localidade.
 
No final do século XVIII, quando Portugal assumiu por fim a necessidade de congregar esforços no sentido de precaver a nação contra os infortúnios alheios, foi criada em Lisboa, de acordo com as ordens de Pina Manique  e as directivas da Rainha D. Maria, uma instituição de caridade denominada «Casa dos Expostos». Cascais, como peça fundamental do devir histórico da época, não esteve alheio a esta questão, decorrendo pouco tempo até que em aqui se instalasse um organismo semelhante.
 
 
 
 
De acordo com as informações de Carlos Andrade Teixeira, ilustre Cascalense, a Casa dos Expostos de Cascais teria sido criada no ano de 1822, recebendo no dia 27 de Julho uma primeira criança do sexo masculino, que foi posteriormente baptizada com o nome de Prudêncio e que viria a falecer um ano mais tarde.
 
A casa onde funcionava a "Roda", situava-se numa pequena edificação saloia na Travessa da Nazaré, e que ainda hoje existe embora muito alterada na sua formulação urbanística original, e estava munida de uma roda de madeira, que girava em torno de um eixo central, de modo a que as crianças enjeitadas pudessem ser colocadas no seu interior, sem qualquer espécie de identificação da pessoa responsável pelo acto. Depois, as crianças passavam rapidamente para as mãos de uma ama que as recolhia e que, a expensas do estado, promovia a sua educação durante os primeiros anos de vida.
 
As amas de Cascais, também elas figuras humildes e dedicadas ao ofício pelas necessidades financeiras, tinham obrigatoriamente de ser moças casadas e minimamente preparadas para o desempenho das suas funções, tal como se pode ler no despacho geral do intendente: «[...] moça casada, fecunda, bem constituída e aceada, a qual se conservará enquanto for possível;».
 
Se do ponto de vista psicológico o abandono de crianças nos últimos anos do século XVIII parece ser um aspecto ímpio da vivência portuguesa, por outro a instituição da Casa dos Expostos ou da Roda, é também ela evidenciadora de um sentido novo que emanava dos órgãos de estado portugueses. Estas crianças, que ganhavam assim uma oportunidade para se manterem vivas, embora em condições de extrema pobreza, estavam destinadas quase sempre a uma morte a prazo. Os cuidados de saúde daquela época, bem como a motivação que levava à candidatura das amas àquele cargo, determinava quase sempre a morte prematura do abandonado, que se sujeitava, sem que qualquer culpa lhe fosse formulada, a todas as vicissitudes que ordenavam a vida da Rodeira. Este problema, indiciador de uma certa sensibilidade por parte das entidades públicas Portuguesas, é também ele evidenciador de outras questões: Como é óbvio, a preocupação fica certamente a dever-se ao elevado número de crianças abandonadas, evidenciando um clima de instabilidade moral que grassava no País nessa época...
 
 
 
 
Numa perspectiva patrimonial, e porque a Casa da Roda de Cascais ainda se mantém no seu sítio, importante seria a recuperação integral daquele espaço. A manutenção da antiga Roda no centro da vila, indiciadora de todos os problemas económico-sociais anteriormente mencionados, é um excelente exemplo crítico de uma sociedade que não se encontra ainda muito longe de nós e que poderia contribuir para o reforço da atractividade da Vila de Cascais.
 
As características arquitectónicas do imóvel, perfeitamente enquadráveis na tipologia corrente no núcleo histórico da vila de Cascais, permitiram a subsistência de uma componente da memória colectiva que muitas vezes é delegada para segundo plano. A compreensão da história do município Cascalense, bem como da forma como se constituíram, programaram e delimitaram as funcionalidades urbanísticas deste espaço, ficaram a dever-se a componentes sociais e psicológicas que são levadas em conta na sua constituição e que poderiam ajudar-nos a perceber melhor a forma como funcionava a estrutura social desta nossa terra.
 
O centro histórico de Cascais, com as ruelas envolvidas em sombras escuras e húmidas, é o resultado da interacção da geografia, do urbanismo pré-existente, mas também dos condicionalismos sociais que deram forma à comunidade Cascalense. 
 
Desconhecida por quase todos, a Casa dos Expostos de Cascais é um exemplo da potencialidade patrimonial deste concelho, desaproveitada e tristemente votada a uma anomia que tanta insatisfação latente vai consolidando em torno de um identidade há muito deturpada pelos interesses específicos e particulares daqueles que nos governam.
 
Uma tristeza!

Fez-se História em Cascais! SerCascais Formaliza Candidatura Independente

João Aníbal Henriques, 31.07.13

 

 

 

 

O Movimento SerCascais, liderado por Isabel Magalhães, formalizou ontem a sua candidatura independente às eleições Autárquicas que decorrerão em Setembro próximo.

 

O momento, registado nas fotografias, representa um marco histórico em Cascais.

 

Pela primeira vez, um grupo de cidadãos independentes conseguiu ultrapassar todas as vicissitudes impostas pelos partidos políticos através da Lei e reunir as muitas condições necessárias para concretizar este desiderato. É importante salientar que, em total desigualdade com aquilo que é pedido aos partidos políticos, uma candidatura independente exige em Cascais a constituição de um processo envolto em burocracia e assente em 4000 assinaturas de munícipes que subscrevam o projecto.

 

Apesar de tudo, o Movimento SerCascais foi o primeiro a formalizar este acto e a entregar no Tribunal de Cascais cerca de 6000 assinaturas de Cascalenses! Com este acto, a líder do Movimento Independente SerCascais comprova que é possível alterar as regras do jogo imposto pelos partidos e assegurar que o futuro de Cascais é devolvido aos Cascalenses.

 

No acto formal da entrega do processo de candidatura independente, Isabel Magalhães esteve acompanhada pelo mandatário António Carneiro Pacheco e pelos candidatos às presidências das quatro juntas de freguesia: Cascais/Estoril – João Baraona; Alcabideche – Rui Branquinho; Parede/Carcavelos – Rui Frade Ribeiro; e São Domingos de Rana – António Penaforte Rodrigues. Nesta ocasião tão marcante para a definição do futuro municipal de Cascais, estivarem também muitos munícipes e apoiantes do Movimento SerCascais que, com a sua presença, marcaram de forma muito peremptória a exigência de um futuro diferente para a sua terra. Fez-se História em Cascais.

 

Veja nestes links as fotografias e o vídeo deste dia especial. Porque vale a pena SerCascais!

 

 

RaLF @ Espigão das Ruivas

João Aníbal Henriques, 22.07.13
RaLF no Espigão das Ruivas com João Paulo Sequeira, Paulo Medeiros, Catherine Freitas, Ludmila Deineko, Frank Maus, Anastasia Raykova, Irene Zandwijk, Tine Lovendhal, Solenn Alazet, Alexandra Christiansen e João Aníbal Henriques

No Coração de Caparide com Isabel Magalhães, João Rei, Rusa Hespanha e João Aníbal Henriques

João Aníbal Henriques, 19.07.13
Situado no coração do Concelho de Cascais, o Vale de Caparide é um dos locais ideais para se perceber com rigor a multifacetada paisagem municipal e, dessa maneira, para se contextualizarem as muitas potencialidades que o território possui, associadas a necessidades práticas que urge resolver e implementar.
Foi isso que fez o Movimento SerCascais. Liderado por Isabel Magalhães, Presidente do SerCascais, a candidata independente à Presidência da Câmara Municipal de Cascais partilhou a sua perspectiva relativamente ao planeamento urbano de Cascais, assente no assumir da vocação municipal e na redinamização das várias actividades económicas de suporte que cumprem o objectivo de manter sustentável o desenvolvimento municipal.
Mantendo a qualidade de vida dos munícipes como ponto central da sua abordagem, Isabel Magalhães analisou a problemática da legalização dos bairros clandestinos, a reconversão da rede viária, a recuperação das infra-estruturas primárias e, sobretudo, a reafirmação do turismo enquanto actividade estruturante.
 Nesse campo, a recuperação da marca internacional – Estoril – aproveitando as inúmeras potencialidades cénico-paisagísticas que Cascais apresenta e a existência de corredores verdes de grande beleza e boas acessibilidades que ligam o mar e a faixa litoral ao coração do Parque Natural de Sintra-Cascais, assume-se como desiderato principal, dele derivando uma série de projectos de segunda linha que permitirão devolver qualidade de vida às várias centralidades degradadas que proliferam pelo interior do Concelho.
Com o intuito de profundar estes projectos e de os partilhar com os munícipes Cascalenses, fomentando a intervenção cívica e a cidadania activa que são essenciais para assegurar a representatividade dos habitantes na gestão municipal, ficou agendado para breve um passeio SerCascais a este lugar tão especial. 

Estoril de Sangue com Isabel Magalhães e João Aníbal Henriques

João Aníbal Henriques, 17.07.13




Numa iniciativa conjunta da ALA – Academia de Letras e Artes, Movimento SerCascais e AMME – Associação de Moradores do Monte Estoril, decorreu mais um passeio pedestre “Um Estoril de Sangue”, guiado por Isabel Magalhães e João Aníbal Henriques


O périplo, que passou em revistas algumas das muitas estórias que deram forma à História dos Estoris, contou com a participação de mais de seis dezenas de interessados que partilharam a sua ligação ao passado, ao presente e, sobretudo, as suas perspectivas e anseios relativamente ao futuro do Monte Estoril e do Estoril. 


Assumindo o turismo como a grande vocação municipal de Cascais, e entendendo esse sector de actividade como fundamental para a afirmação do Concelho na Europa e no Mundo, o passeio mostrou e comprovou a autêntica preciosidade que representa a existência deste local tão especial. A marca “Turismo do Estoril”, sonha, pensada e concretizada desde 1870, continua viva, pujante e plena de potencial, assentando num reconhecimento internacional que resulta da soma do muito empenho e dedicação que ao Estoril ofereceram várias gerações de Estorilenses empreendedores e dinâmicos. De José Jorge de Andrade Torrezão a Carlos Anjos e ao Conde de Moser, e destes a João de Deus Ramos, José Dias Valente, Aníbal Henriques, Monsenhor António José Moita, Fausto Cardoso de Figueiredo e muitos outros, vai uma viagem de muitas gerações assente em pressupostos de excelência que urge recuperar…




Patinhas de Cascais com Isabel Magalhães e João Aníbal Henriques

João Aníbal Henriques, 17.07.13


Num acto de profundo significado para as várias dezenas de participantes, o Movimento SerCascais levou a cabo mais um dos seus passeios turísticos através da realidade extraordinária de um Concelho profundamente impactante. 

Num percurso antigo, decalcado dos caminhos velhos usados pelos pastores e lavadeiras que desciam das faldas da serra até à Vila de Cascais, Isabel Magalhães e João Aníbal Henriques levaram os participantes através de um conjunto de memórias comuns que deram forma à terra, aos usos e costumes e à identidade local. 


Este exercício, que aproxima Cascais dos Cascalenses, insere-se num programa mais vasto que visa revitalizar o Turismo do Estoril, reassumindo-o como a vocação essencial de um Concelho que possui todas as características que lhe garantem a possibilidade de se transformar num destinos de excepção num futuro não muito distante.

 


Espigão das Ruivas Hard com Isabel Magalhães e João Aníbal Henriques

João Aníbal Henriques, 17.07.13

 

 

Existem momentos e lugares que cruzam memórias com os mas profundos arquétipos da imaginação. Ali se encontram as recordações que carregamos, as aspirações que transportamos e os sonhos mais extraordinários… ali se reúnem a vontade com o desejo, promovendo formas alternativas de entender o Mundo, a vida, as coisas e os outros… Foi isso mesmo que aconteceu no passeio pedestre nocturno “Espigão das Ruivas Hard”, organizado para o Movimento SerCascais e guiado por Isabel Magalhães e João Aníbal Henriques. Uma aventura através das estórias da História, entre a Praia do Guincho e o Cabo da Roca, iluminada por um luar subtil e pela vontade férrea de definir um novo futuro para Cascais. 

 

Mistérios de Portugal na Quinta da Regaleira

João Aníbal Henriques, 16.07.13



Detalhes profundos de vida (e morte) desvendando os mistérios mais sublimes da existência e os laivos gentis da Portugalidade, fazem parte do legado deixado por António Carvalho Monteiro (o Monteiro dos Milhões) na sua Quinta da Regaleira, em Sintra. Uma visita guiada por João Aníbal Henriques através da sabedoria milenar de um Português muito especial…




O Milagre de Cascais - Passeio Guiado por João Aníbal Henriques e Isabel Magalhães do Movimento SerCascais

João Aníbal Henriques, 19.05.13


 

 

Passeio "O Milagre de Cascais" guiado por João Aníbal Henriques e Isabel Magalhães na localidade da Abóboda, em São Domingos de Rana, sobre a lenda de Nossa Senhora da Conceição da Abóboda e sobre a História da Villa Romana de Freiria.