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Tomada de Posse dos Novos Órgãos Municipais em Cascais

João Aníbal Henriques, 20.10.17

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Na sequência do acto eleitoral de 1 de outubro de 2017, decorre dia 21 de Outubro, às 17h00, no Palácio da Cidadela de Cascais, a cerimónia de instalação dos órgãos eleitos para a Assembleia Municipal e Câmara Municipal para o mandato 2017/2021.

 

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A importância deste acto marca em definitivo aquilo que vai ser o paradigma governativo de Cascais ao longo dos próximos quatro anos.

 

Liderados por Isabel Magalhães, que encabeçou, enquanto independente, a Lista do PS à Assembleia Municipal de Cascais, vão tomar posse vários Cascalenses Independentes que assegurarão que a Nossa Terra terá voz activa na determinação do futuro de Cascais.

 

Para além de Isabel Magalhães, estarão na Assembleia Municipal os deputados Pedro Rocha dos Santos e Marita Moreno Ferreira. Na Câmara Municipal de Cascais tomarão posse os Vereadores Independentes João Aníbal Henriques e Isabel Fonseca Guerra.

 

Assumindo a sua inabalável independência relativamente a todos os interesses, facções ou opções que contrariem os interesses legítimos de Cascais e dos Cascalenses, os novos autarcas independentes assegurarão ao longo do seu mandato a condição de porta-voz de todos os munícipes deste concelho. Até 2021, poderão os Cascalenses contar com a disponibilidade permanente e o empenho absoluto desta equipa na defesa dos valores que dão forma à Identidade Municipal, sublinhando a importância da democracia activa e participativa como cadinho de uma cidadania consciente da qual depende o futuro coeso e equilibrado de Cascais.

 

Ao longo dos próximos quatro anos, os independentes agora eleitos aplaudirão e apoiarão todas as medidas, ideias e projectos que defendam os interesses de Cascais. Sendo, da mesma maneira, inabaláveis no combate a tudo aquilo que afronte os valores, princípios e interesses dos Cascalenses que os elegeram.

 

A partir de amanhã, para além das plataformas online que todos conhecem (Facebook e Blog Cascalenses), o presente endereço de email (plataformacascalenses@gmail.com) e o telefone969 452 614 ficarão ao dispor permanente de todos os Cascalenses que os desejem utilizar. Ali receberemos as mensagens, pedidos e sugestões que desejem fazer chegar aos órgãos autárquicos onde estamos representados, com o compromisso sublinhado de total disponibilidade para visitar, ouvir, analisar e discutir com todos os Cascalenses, independentemente da sua opção política, filiação partidária, sensibilidade cultural e/ou crença religiosa, o que pretendem relativamente ao futuro de Cascais.

 

Tal como vem acontecendo ao longo dos últimos 25 anos, cá estaremos, agora na Câmara e na Assembleia Municipal de Cascais, para dar voz à Nossa Terra.

 

A bem de Cascais!

 

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O Subúrbio de Cascais

João Aníbal Henriques, 29.06.15

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por Isabel Magalhães e João Aníbal Henriques

 

Na passada semana foi finalmente aprovada a nova versão do PDM de Cascais. Com mais de uma década de atraso, a nova versão deste importante documento consagra valores e princípios que se são uma cisão definitiva com o modelo de desenvolvimento consagrado para o concelho desde há mais de 100 anos. Tudo vai mudar a partir de agora e os equilíbrios estruturais de outros tempos vão perder-se definitivamente.

 

Tal como referiu amiúde o Presidente da Câmara Municipal de Cascais ao longo do controverso período de discussão que envolveu esta polémica aprovação, já tudo foi dito e discutido sobre este PDM. Com a sociedade civil unida contra a orientação política imposta pela coligação PSD/CDS, que consagra definitivamente a dependência de Cascais face a Lisboa e a suburbanidade do nosso concelho, este novo PDM é o resultado de uma opção política por parte daqueles que governam Cascais e impõe-se ao concelho como uma espécie de condenação que terá repercussões directas no devir municipal ao longo dos próximos dez anos e com implicações irreversíveis que se farão sentir ao longo das próximas gerações.

 

Apesar de terem sido muitas as vozes que se fizeram ouvir contra esta opção, e de o período oficial de discussão pública da proposta ter conhecido muitas dezenas de intervenções críticas por parte dos munícipes Cascalenses, os detentores do poder não se cansaram de reiterar a falsa informação de que não existiram intervenções por parte do povo de Cascais…

 

 

No nosso caso, com a experiência negativíssima que tivemos durante o consulado de José Luís Judas, que pura e simplesmente tomou como lixo as muitas críticas e sugestões que lhe fizemos chegar durante o processo de aprovação da versão de 1997 do PDM e, depois, durante a controversa tentativa de revisão que se fez no ano 2000, optámos por compilar conjuntamente as nossas sugestões e críticas num documento ponderado e muito aprofundado que foi entregue oficialmente na Câmara Municipal de Cascais e, para evitar que todo o trabalho fosse para o lixo de forma incipiente, por transformá-lo num livro que garantisse que pelo menos fossem discutidas as nossas ideias e o nosso contributo para o concelho. Mas por mais incrível que pareça, mesmo com a entrega oficial da nossa intervenção e a publicação do livro, os partidos que controlam o poder teimosamente continuam a tentar dar a entender que nada nem ninguém apresentou proposta alguma que servisse de alternativa a esta versão que agora temos… como se uma mentira, por ser repetida sistematicamente, pudesse tornar-se numa verdade junto dos munícipes da nossa terra.

 

Com a aprovação desta nova versão do PDM, a vocação turística municipal deixa de ser o eixo estruturante do concelho. E com esta opção, que contraria mais de um século de uma história próspera e pujante, esvai-se a orientação cujo mote era colocado na qualidade de vida dos Cascalenses. A marca internacional “Estoril”, que o governo de José Sócrates tentou extinguir e que o então Presidente da CMC, António Capucho, tudo fez para salvar, foi agora definitivamente extinta por opção desta coligação que pretende consagrar o Cascais de subúrbio, incaracterístico e desinteressante. Ficou provado que o objectivo que José Sócrates tinha é o mesmo que a actual maioria defende: acentuar a dependência de Cascais perante Lisboa, diminuindo o seu papel na definição dos critérios diferenciadores de outros tempos e definitivamente abandonando o sonho antigo de que esta nossa terra mantivesse a aura de glamour e de excelência que a caracterizou durante muito tempo. Como é evidente, com implicações na gestão das verbas do jogo e no impacto que as mesmas têm no nosso concelho.

 

Hoje, a reboque das necessidades eleitorais que vão aparecendo, a opção consagrada neste PDM aponta para o reforço da suburbanidade de Cascais. Encoberta por parangonas que dizem que vão defender tudo e que tudo vão defender, esta nova versão do PDM recria uma teia de unidades operativas e de sub-unidades que, completamente alheadas da realidade municipal e daquilo que foi sempre o devir deste concelho, escondem os meios que permitem discricionariamente destruir tudo aquilo que de bom ainda temos. Acontece com o património edificado, por exemplo. Ao contrário da opção assumida no tempo do anterior presidente, de anexar ao PDM uma listagem exaustiva de imóveis a proteger e a defender, este novo PDM faz exactamente o inverso: diminui ao mínimo que a lei permite os imóveis listados, dizendo depois que é a opção é salvar tudo aquilo que existe no Concelho! E por aí adiante. Faz-se o mesmo com o ambiente, com as áreas verdes, com os leitos das ribeiras, com os espaços-canal, com a dicotomia entre o litoral e o interior, com a reconversão dos núcleos urbanos consolidados, com os bairros clandestinos entretanto legalizados, com as escolas, com a promoção da actividade empresarial, com os lixos, etc!

 

Dirão alguns que serão poucas as mudanças que para já vamos sentir com a aprovação deste PDM… mas infelizmente não é assim e as consequências desta opção populista e casuística estão já aí para todos as podermos ver. Dos festivais dos pastéis de bacalhau ao monta-e-desmonta permanente das barracas de pau que se colocam em frente à Câmara; dos eventos sociais para colocar nas redes sociais e nas revistas publicadas com erário público para promover o poder; da Rua Direita transformada num imenso shopping indiano-paquistanês; da debandada geral das grandes e conceituadas marcas comerciais que noutros tempos traziam tanta gente à nossa terra; da transformação de arruamentos urbanos numa espécie de vias-rápidas no centro das localidades onde o mote se coloca nos carros e não em quem passeia a pé; nas fachadas envidraçadas dos edifícios que vão ocupando os espaços urbanos mais impactantes; dos projectos de uma pseudo-reconversão da entrada de Cascais, demolindo os edifícios antigos que lá estão para prolongar o horrendo Cascais-Villa que dizem querer fazer desparecer; do demole-e-não demole dos edifícios do Largo da Estação à pseudo-entrega da decisão do que se vai ali fazer aos Cascalenses; são centenas (ou se calhar milhares) de exemplos bem demonstrativos desta opção populista e suburbana, orientada para a caça ao voto e para a promoção rápida de umas quantas gentes, que vão destruindo de forma paulatina a Alma e a essência desta nossa terra.

 

Cascais vai ser agora mais um subúrbio de Lisboa. Vai ser mais um palco populista de um tenebroso caminho que leva progressivamente à indiferenciação e ao conformismo. E vai ser, de forma atroz para todos aqueles que defendem de forma independente a nossa terra, um mero veículo de propaganda eleitoral ao sabor das necessidades dos partidos que nos governam. Aí está o exemplo assombroso do que vão fazer em Carcavelos e o inusitado requinte de tapar o que de mal se faz com os laivos recônditos de um projecto universitário de excelência!.. Sem apelo e sem agravo…

 

Serve de pouco a verdade neste Cascais que agora temos. Mas aqui fica, porque a mentira tem perna curta e Cascais merece um destino diferente, o link para a versão integral em PDF do livro que contém as nossas sugestões, as nossas considerações, as nossas críticas e o nosso contributo para o futuro do nosso concelho. Porque por aí se continua a dizer que não existe: "Cascais – Estratégia de Futuro para a Nossa Terra”.