Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

cascalenses

cascalenses

As Obras de Construção do Largo Camões em Cascais

João Aníbal Henriques, 13.05.24
 

 

Até ao dia 10 de Junho de 1980 o actual Largo Luís de Camões, em plano coração da Vila de Cascais, era um sórdido e mal preparado parque de estacionamento a céu aberto. O equipamento, por sua vez, havia substituído com carácter provisório este espaço onde anteriormente existiam casas antigas, prolongando o eixo da Rua Regimento 19 de Infantaria, e que foram demolidas de forma a abrir o espaço e a criar uma praça para onde se pretendia fazer convergir as principais dinâmicas comerciais da velha vila piscatória. As obras em curso, promovidas pelo saudoso Dr. Carlos Rosa, que presidia à Câmara Municipal depois das eleições que foram ganhas pela Aliança Democrática, tinham em vista a definição de uma linha de modernidade que promovesse o comércio tradicional e permitisse a reafirmação de Cascais como destino de excelência no seio da recém-criada Área Metropolitana de Lisboa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Magnífica Igreja da Ressurreição de Cristo em Cascais

João Aníbal Henriques, 29.11.23

 

por João Aníbal Henriques

Situada no preciso local onde actualmente se encontra a estação de comboios, existiu até ao grande terramoto de 1755, uma das mais magníficas igrejas de Cascais. Cabeça da freguesia da Ressurreição de Cristo, que se estendia até à margem Nascente da vetusta Ribeira das Vinhas, a freguesia congregava os mais abastados cascalenses da sua época.

Dedicada à Ressurreição de Jesus Cristo, a igreja matriz possuía nove altares que davam forma à sua nave central: Santa Bárbara, Nossa Senhora da Purificação, São Francisco, Santo André, Nossa Senhora da Vitória, Nossa Senhora de Guadalupe, Santiago Apóstolo, Nossa Senhora dos Remédios e Senhor Jesus.

Na manhã de 1 de Novembro de 1755 o terrível Terramoto de Lisboa destruiu-a por completo, gerando um cenário de ruína que o prior de então entendia ser irrecuperável, tal como se pode ler nas “Memórias Paroquiais” que dão conta da amplitude da catástrofe.  

Mesmo assim, na pobreza extrema em que viviam nessa altura terrível, os pescadores de Cascais ainda se quotizaram para recuperar a sua igreja. Mas infelizmente não foi possível concretizar esse seu sonho e a velha igreja transformou-se numa mera recordação que perdurou ao longo de muitas gerações na memória colectiva dos cascalenses.

Bons Exemplos em Cascais

João Aníbal Henriques, 17.12.17

20171216_104144.jpg

 

Nos dias que correm, adquirir uma casa antiga e optar por reconstrui-la mantendo a traça, a volumetria e a identidade arquitectónica do lugar exige coragem, determinação e arrojo fora do usual. 

 

Mas foi o que aconteceu em Cascais, na Rua Fernandes Thomaz, onde a empresa Cima Sobral - Gestão Imobiliária Lda. efectuou uma obra de requalificação urbana de grande qualidade. 

 

No gaveto entre a Rua das Flores e a Rua Fernandes Thomaz, num quarteirão com a marca do que foi a segunda fase da urbanização de veraneio da vila, no início do Sèculo XX, recuperaram uma das habitações mais marcantes desse período, mantendo inclusivamente o pequeno torreão com terraço que durante muitas décadas identificou a dita habiração. 

 

E porque os bons exemplos devem ser conhecidos e reconhecidos, pois só assim se podem transformar na bitola de qualidade que defendemos para a Nossa Terra, aqui ficam os nossos parabéns à Sara Cima Sobral pela coragem e bom gosto que teve neste processo.

 

20171216_104028.jpg

 

20171216_104112.jpg

 

20171216_104121.jpg