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cascalenses

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Caminhos da Liberdade: As Origens do Partido Comunista Português em Cascais...

João Aníbal Henriques, 09.09.20
Cascais surge ao público associada quase sempre a uma ideia de conservadorismo que não corresponde à realidade. Em vários sectores de actividade, desde a ciência, à tecnologia, à pintura, escultura e literatura, passando pelo empreendedorismo e até pela política, Cascais foi sempre terra de vanguarda e contribuiu de forma decisiva para o nascimento e consolidação de ideias inovadoras que ajudaram a transformar e a fazer evoluir Portugal e o próprio Mundo. Um destes exemplos prende-se com o surpreendente rol de “Casas Clandestinas” existente neste concelho. De facto, desde a sua fundação em 1921, que o Partido Comunista Português utiliza o respeito pela liberdade que aqui encontra para dar corpo às suas iniciativas e projectos.  Em Novembro de 1943, contra quase tudo o que é expectável, realiza-se no Monte Estoril o primeiro congresso do partido depois de ter sido remetido à clandestinidade, no qual o líder Álvaro Cunhal, em plena II Guerra Mundial, vem defender a unidade da Nação Portuguesa na luta pelo pão, pela liberdade e pela independência. E alguns anos depois, já em 1957, é em Cascais que são aprovados os primeiros estatutos do partido, alicerçando um programa de princípios que norteará a actividade comunista durante as épocas conturbadas que depressa chegarão. Decorrido na Casa dos Cedros, em São João do Estoril, este V Congresso do PCP é marcado pela grande discussão sobre o problema colonial, tendo sido a primeira vez que os congressistas Portugueses recebem as saudações oficiais por parte dos restantes partidos comunistas do Mundo de então. Depois, já em 3 de Janeiro de 1960, foi na Vivenda Montalvinho, em São João do Estoril, que o histórico líder comunista se refugiou depois do grande sucesso da sua fuga da prisão em Peniche, mostrando de forma cabal ser este o destino de excepção que melhor lhe garantiria a segurança neste momento tão importante, inquietante e marcante da sua vida pessoal e da vida do próprio partido nascente. Em suma, num registo historicamente longo de respeito pelo outro e pelo pensamento de vanguarda, Cascais foi sempre um verdadeiro bastião de liberdade, tendo a capacidade de acolher e promover formas alternativas e vanguardistas de pensamento. Porque este é o ADN Cascalense. 


Um Aborto

João Aníbal Henriques, 20.11.15

 

 

PS, PCP, BE e os Verdes vão aprovar hoje novas mudanças à lei do aborto. Totalmente liberalizado ate às 10 semanas, o aborto vai voltar a ser uma prática médica livre e sem constrangimentos de qualquer espécie. Como se de um método contraceptivo se tratasse, qualquer mulher pode ir ao hospital e abortar livremente.
 
Desta maneira, uma vez mais, os Portugueses serão obrigados a pagar taxas moderadoras se partirem uma perna ou um braço, se tiverem um qualquer acidente, se adoecerem ou se precisarem de mudar de óculos ou de tratar uma dor de dentes.
 
Mas se quiserem abortar é grátis!
 
É este o país que temos.