Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

cascalenses

cascalenses

Posto Marítimo de Desinfecção do Porto de Lisboa

João Aníbal Henriques, 07.01.14
por João Aníbal Henriques 

 

Corria o ano de 1906, mais propriamente o dia 5 do mês de Março, quando Lisboa assistiu, com toda a pompa e circunstância, à inauguração do Posto Marítimo de Desinfecção, pelo Rei Dom Carlos e pelo Presidente do Conselho e Ministro do Reino Hintze Ribeiro.

O novo posto, situado em plena Rocha do Conde d’Óbidos, no final do aterro que ligou o litoral da cidade entre Santos e o Cais d Sodré, a obra pretendia defender “a saúde pública, as relações internacionais e os interesses gerais do País”.

 

A partir desta altura, os navios que pretendiam entrar no Porto de Lisboa deixam de ter de ficar fundeados ao largo durante o período de quarentena, passando a usufruir de serviços médicos integrados que valorizaram o porto e a própria cidade, cumprindo assim o objectivo do Rei Dom Carlos de transformar Lisboa num dos mais conceituados e atractivos destinos marítimos da Europa.

 

Outros tempos…

 

 

 


O Palácio dos Condes de Óbidos em Lisboa

João Aníbal Henriques, 05.11.13

 

 

 

Situado de frente para o Rio Tejo, junto ao Jardim 9 de Abril e ao Museu Nacional de Arte Antiga, mais conhecido por Palácio das Janelas Verdes, em Santos, o Palácio dos Condes de Óbidos é mais uma das preciosidades pouco conhecidas da cidade de Lisboa.

 

Datado do Século XVII, quando Dom Vasco de Mascarenhas o construiu, o Palácio dos Condes de Óbidos apresenta uma fachada marcada pela sobriedade das suas linhas, pontuadas com grandes torreões quadrangulares ao sabor dos velhos solares medievais Portugueses. Virado o Sul, um grande terraço com vista para o rio, é decorado com um dos muitos e extraordinários painéis de azulejos que acrescentam uma nota de interesse ao edifício.

 

Para além de um conjunto azulejar da autoria do Mestre Vitória Pereira, autor do conjunto de azulejos que dão forma à Igreja de Santo António do Estoril, ainda se pode ver um painel maravilhoso da autoria de Jorge Colaço (1868-1942) que, durante algum tempo, também viveu no palácio.

 

Adquirido pela Cruz Vermelha Portuguesa em 1919 aos Condes de Óbidos, o edifício conheceu vários usos e teve enorme importância na assistência social de Lisboa durante vários períodos conturbados da nossa História.

 

 

Inacessível ao público, que fica impedido de o conhecer de forma cabal, o Palácio dos Condes de Óbidos é mais um dos segredos desta cidade que espera ainda pela oportunidade de se mostrar e de partilhar com os lisboetas as maravilhas do seu encanto tão especial.